A realidade das bibliotecas brasileiras não é algo a se comemorar. Fazendo um recorte para a jurisprudência do Conselho Regional de Biblioteconomia – 3ª Região – Ceará e Piauí (CRB-3), há um caso que deve ser acompanhado por toda a sociedade piauiense. Há mais de quatros anos a Biblioteca Central da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) está submetida a uma reforma infindável, fato que vem ocasionando transtornos diversos à comunidade universitária.

 

 

 

 

 

 

Com o início da reforma predial, o espaço onde eram realizados os atendimentos e funcionava como local de leitura e de convivência foi transferido para um lugar ermo. Assim, o atendimento ficou restrito a apenas dois funcionários, acabando com a autonomia dos usuários em pegar livros e levar ao balcão de empréstimo, por exemplo, gerando imensas filas e desgaste com todo o campus. O caso já foi denunciado por este Conselho, bem como tema de matéria de rádio, de TV e de jornal, mas ainda não foi suficiente para sensibilizar o poder público na sua resolução.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Em agosto deste ano, o presidente do CRB-3, Fernando Braga, esteve em Teresina/Pi para o cumprimento de agenda. Na oportunidade, reuniu-se com a diretoria da Associação dos Docentes da UESPI (ADCESP), e no encontro foi debatido sobre uma medida conjunta entre ADCESP, CRB-3 e a Direção da Biblioteca para ajudar a solucionar o caso.

 

 

 

 

 

 

Hoje (05 de setembro) mais uma vez a reforma foi pauta da TV local. Segundo Marcelo Cunha de Andrade, integrante da Associação dos Bibliotecários do Estado do Piauí (ABEPI), várias vozes, porém uníssonas, concederam entrevista e expuseram todo o caos pela qual passa o equipamento público.

 

 

 

 

 

 

 

 

“Nós denunciamos todo o descaso do poder público com a nossa biblioteca. Falamos do abaixo-assinado criado pelo Conselho e que está colhendo assinatura de toda a sociedade em protesto ao caso. A dificuldade dos alunos é imensa sem uma biblioteca adequada. Além de perder muito tempo enfrentando filas gigantescas, com o desgaste, acaba-se recorrendo às copiadoras para gastar dinheiro que muitos não dispõem para este fim”, aponta o bibliotecário.

O Conselho informa ainda que esta luta é de todos, e que não medirá esforços para ajudar na solução do problema. “Nós estamos em contato direto com associações e sindicatos locais, além de parlamentares parceiros para reverte esta situação de penúria pela qual passa a comunidade universitária do Piauí, e em breve será apresentada uma solução. O fim desta reforma é urgente”, destaca o presidente do CRB-3.