O Conselho Regional de Biblioteconomia – Terceira Região – Ceará e Piauí (CRB-3) se solidariza com os profissionais de Enfermagem agredidos por apoiadores do atual presidente do Brasil, neste 1º de maio, na Praça dos Três Poderes, enquanto protestavam por melhores condições de trabalho e pela manutenção do isolamento social, além de homenagear colegas mortos pela COVID-19. O movimento foi encerrado após o ataque do grupo fanático.

Em nota, o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) disse que fará representação no Ministério Público Federal contra os agressores. “Não permitiremos que o ódio irracional e a violência gratuita intimidem aqueles que, enfrentando seus próprios receios, se colocam na linha de frente do enfrentamento à pandemia de COVID-19. Não há espaço, na Democracia, para este tipo de ataque. A ciência e o espírito de solidariedade social prevalecerão”, afirma o presidente Manoel Neri.

Cerca de 60 enfermeiros protestavam de forma totalmente silenciosa e pacífica, usando jalecos e máscaras de proteção, enfileirados, mas respeitando o distanciamento recomendado de cerca de um metro de cada um deles, empunhando cartazes e cruzes em memória dos colegas que doaram, literalmente, suas vidas para salvar a vida dos acometidos pela covid-19, quando foram abordados por um casal bolsonarista, enquanto outra pessoa filmava a barbaridade.

Agredir pessoas que prestam homenagem à memória de entes queridos, sobretudo quando essas pessoas são profissionais da área da saúde, que na lida diária em meio à pandemia de coronavírus, perderam suas vida, é, no mínimo, desumano. Qualquer tipo de agressão à esta classe de profissionais merece punição severa.

Por fim, o CRB-3, que defende totalmente o isolamento social como medida preventiva contra a pandemia, indicada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e entidades científicas de todo o mundo, leva apoio a todos os enfermeiros, técnicos e auxiliares de Enfermagem, que continuam na linha de frente do combate a este terrível crise sanitária, que tem sido boicotada de todas as maneiras pelo presidente da República e agora com o apoio do Ministro da Saúde, além de seu séquito.